quarta-feira, 12 de novembro de 2008

A Insônia

A Insônia
Comprei esse livro do mestre do terror, eu o considero assim, Stephen King, em 2006. Como tinha outros na fila fui adiando a leitura. No final de 2007 comecei a lê-lo. Já nessa época sofria de insônia ou vontade de não dormir, achou estranho? Eu tenho noites que não tenho vontade de dormir, gosto do silêncio da madrugada, de ouvir música bem suave e ficar lendo.
O personagem do livro até as 92 páginas que consegui ler é meio parecido comigo no que se refere ás receitas e conselhos que recebera para dormir: Um copo de leite morno, meia hora ouvindo Beethoven, dizem que música suave tranqüiliza as ondas cerebrais, limão com água quente e até uma colher de mel com meia dose de uísque meia hora antes de se deitar. Focar a mente na palavra calma até adormecer, contar carneirinhos, não pensar em problemas, enfim relaxar. Parece que todos têm uma receita infalível.

Dentre essas receitas e conselhos a única coisa que faço é ouvir música, não necessariamente Beethoven, ás vezes troco-o pelo Cazuza cantando bem baixinho...eu preciso dizer que te amo..tanto.
Ralph, o meu companheiro do livro, começou a ter insônia quando sua querida e amada esposa morreu. Eu comecei quando minha mãe ficou doente vindo a falecer três meses depois e para complicar também perdi o meu ex amor.

Ralph e eu adqurimos insônia levados pela perda de pessoas amadas. Claro que faço uma analogia entre a ficção do livro com a minha realidade porque ando sem inspiração, sem sono e convoquei o Ralph para me fazer companhia. Ele já tomou uísque com mel e continua sem dormir e vendo fantasmas. Eu estou ouvindo o cazuza e tive a impressão de ter ouvido algo cair lá na cozinha e claro que não fui ver o que era. Insônia deixa qualquer um meio doido, um pouquinho desligado, normal.

O pior não é ficar sem dormir, é dormir quando você não quer. Tem uma hora que o sono te pega e aí você dorme na marra. Luto bravamente quando isso acontece durante o dia, não suporto!
Mas, ontem, a fanfarrona aqui pediu pra sair e dormiu que nem uma criança levada depois de uma tarde de muita farra.

Agora irei ver se meu amigo Ralph conseguiu dar uma cochilada.

Ele costuma dormir lá pelas 04:10, falta uns 40 minutos e coitado está na janela olhando as estrelas, ainda bem que guardou os óculos. Depois de uísque com mel, sei não, tudo pode acontecer. Estou indo...

Bom dia, bom sono e feliz despertar.

meu pczinho

Adaptador de rede

A conexão caiu e liguei imediatamente para o provedor porque ficar sem o meu bebê meu pczinho querido é complicado. Viciei-me em escrever, conversar com amigos, ler os sentimentos deles que por vezes parecem os meus.
Depois de alguns testes o operador do suporte diagnosticou - precisa trocar o adaptador de rede.
Não entendo nada disso, sei muito mal digitar catando milho mas procurarei me informar numa loja de informática e providenciar o mais rápido possível a troca dessa peça. Depois que entrei na inclusão digital estou difícil de sair. Eita vício danado de bom! Mesmo que algumas pessoas digam que é ruim eu acho bom e vale é a minha opinião, a minha opção.

Então meus amigos e possíveis leitores se por acaso não me virem não se preocupem a culpa é do adaptador de rede.
Enquanto isso vou usando e abusando do meu companheiro de lazer já que a minha insônia, depois de uma trégua resolveu voltar.
E como gosto da madrugada, do silêncio quebrado pelo barulho do ventilador ou do som baixinho que agora me encanta com a voz do Renato Russo cantando Indios.

(...)

E é só você que tem
A cura do meu vício
De insistir nessa saudade
Que eu sinto
De tudo que eu ainda não vi.

Quem me dera
Ao menos uma vez
Acreditar por um instante
Em tudo que existe
E acreditar
Que o mundo é perfeito
Que todas as pessoas
São felizes...

domingo, 9 de novembro de 2008

Longe de casa

Longe de Casa

Quatro dias longe de casa, sem olhar olhar o céu da minha janela, sem acesso a internet, sem ler uma página de um livro.
Quatro dias perto do sorriso dos meus amados familiares e amigos. Perto de gostosos bate- papos, longas caminhadas, banho de chuva, lua entre nuvens, muita música, criança trazendo a doçura da inocência. Deitados no tapete - depois do almoço - um soninho nos abraça suavemente e Gustavo e eu, entre as almofadas, os carrinhos e risos dormimos. Eu que não suporto dormir durante o dia me entrego a suavidade do aconchego daquele menino travesso e tive a impressão que sonhei.

Um sonho de paz, de ternura, de amor.

Volta para casa cheia de saudade dos meus amigos e encontro a caixa de e-mails cheia de mensagens que ao longo da semana responderei com muito carinho.
Textos que irei ler e comentar assim que o tempo me permitir. Quatro dias longe daqueles que dividem diariamente os sorrisos, a companhia e o tempo numa interação que me faz muito feliz.

Aos meus amigos amados desejo que Deus os abençoem grandemente, sempre.
Carinhosamente abraço-os
malu

terça-feira, 4 de novembro de 2008

Lua & Chuva

Chove suavemente em frente á minha janela e a minha lua cheia foi iluminar outros lugares, encantar outros enamorados, beijar o amor que não se ausentou. Se eu vivesse num mundo mágico dividiria o céu em dois hemisférios para essa noite conviver com as minhas duas paixões, a chuva e a lua cheia. Sob a chuva caminharia lentamente imersa em meus pensamentos não revelados ao vento para que ele não espalhasse aos quatro cantos. Nessa caminhada silenciosa e introspectiva o caos iria suavemente se desfazendo dando lugar a uma súbita alegria, um encantamento ímpar. Refeita e feliz chegaria até as areias da praia sentido que a luz ia mansamente me envolvendo num halo de amor. Despida de toda e qualquer inquietude adormeceria.

domingo, 2 de novembro de 2008

2 de Novembro

Abro a cortina e da minha janela vejo um domingo lindo, ensolarado - um dia tão lindo para amenizar a saudade de tantos corações saudosos, como o meu. Levo meu pensamento a Deus, penso nos meus amados que partiram e vejo-os bem.
Abro a janela e deixo o sol invandir o meu quarto e o dia passa mansamente e não me preocupo em correr atrás dele.
O entardecer se faz lindo e observo com carinho as sombras das minhas amendoeiras onde logo os meus passarinhos estarão abrigados, descansando para começarem a segunda com a corda toda.
Ler é sempre gostoso e deitada então é chamar um soninho que me pega suavemente. Confesso que não gosto de dormir durante o dia, fico enjoada igual criança fazendo birra para acordar e ir para a Escola.
Já se fez noite quando acordo, fecho a janela. Numa moleza daquelas tomo banho, desperto e volto a ler o meu livro O Carrasco do Amor.
Agora tenho que fechar as cortinas, da minha janela vejo a chuva forte que caí e os relâmpagos que tanto me angustiam.
Boa noite!

sábado, 1 de novembro de 2008

Pingos de amor

Passado suave, feliz, sem amarguras revivi nessa manhã chuvosa. Deixei que as águas frias vindas do céu lavassem os meus cabelos. Meu rosto refletia a felicidade de uma menina travessa tentando segurar os pingos. Hoje, por uma fração de segundos, consegui.
E o encanto desse momento me jogou no passado, quando nos ensopamos pela primeira vez de mãos dadas, abraçados, os pingos grossos teimando em entrar nas nossas bocas, misturando-se á saliva do prazer dos nossos beijos sem intenção de desfazer a quentura dos nossos corpos sedentos de amor. Pelo contrário.
Expulsou os banhistas para que pudéssemos usufruir, sem testemunhas, daquele momento mágico, onde nossas respirações ofegantes, entrecortadas pertencessem somente a nós dois.Nossos murmúrios de prazer só seriam compartilhados com as gaivotas que sobrevoavam inquietas imaginando o que estávamos fazendo, estavámos fazendo amor.
Certamente que nem todas as chuvas me farão lembrar aquela tarde inesquecível. Hoje foi uma adorável lembrança de um momemto que nunca esquecerei e foi especial porque não houve amargura.Amei ter lembrado nós dois.

A leveza do vento azul

A leveza do vento azul.
Desperto com os primeiros raios de sol invadindo o meu quarto. Abro a janela e sinto a leveza do vento azul. O vento de todas as minhas manhãs que leva os meus pensamentos á Deus numa prece de gratidão pelo dia que se incia e volta suavemente e se esconde no meu sorriso. Depois, numa leveza que me encanta, faz uma seleção dos meus melhores pensamentos e vai de cidade em cidade, de casa em casa, e deposita nos corações dos meus amigos a minha amizade e ainda os beija docemente nos cabelos.Ao retornar, ajuda um filhotinho de beija-flor colocando-lhe o nectar de uma linda rosa perfumada bem pertinho de seu bico.
Sabendo que eu amo a chuva desvia-se do caminho e vai conversar com as nuvens e as convencem a se unirem pra satisfazerem a sua dona - Ah, esqueci de falar que ele me sente como dona e tem prazer em me ver feliz - e por uns minutos mágicos as águas descem do céu. Coloco minhas mãos em conchas, seguro os pingos e lavo o rosto.Sinto a felicidade escondida dentro de mim quando ele sussurra levemente nos meus ouvidos pedindo permissão para virar as páginas do livro que estou lendo. Sorrio. Ele brinca com os meu cabelos jogando-os sobre os meus olhos. Ao tentar tirar meus cabelos dos olhos ele levemente vira cinco páginas do livro, me perco na história, sinto-o sorrir de sua doce implicância.Volto á leitura e dessa vez finjo que não percebo a sua peraltice. Ele descansa sob a almofada e tenho a impresão que dorme. Hora de sair para resolver meus compromissos. Ao escutar o barulho do chuveiro e sentindo o meu perfume ele desperta e se mistura ao meu celular, as chaves, o livro, a carteira e se esconde num cantinho da minha bolsa. Menino levado, docemente levado com medo de ficar sozinho em casa. Ele nega, diz que não consegue ficar muito longe mim, que preciso de sua leveza, concordo.
Pegamos o ônibus superlotado, as pessoas suam, ele sopra levemente o meu rosto e como se fosse um lenço umedecido desfaz o suor que insistia em escorrer pelo meu rosto. Um lugar bem na janela fica vago, sento-me e ele descansa nos meus ombros olhando a paisagem.
Já se fez noite quando chegamos em casa. Noite de lua cheia e novamente meu vento de leveza azul vai aos céus e afasta as nuvens e minha lua aparece linda, iluminando a minha casa.