segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

DIÁRIO DE UMA PAIXÃO

DIÁRIO DE UMA PAIXÃO

Noah gostava dos poemas deWalt Whitman. Allie, gostava de pintar.

No Verão de1935 eles se conheceram e ,quando seus olhos se encontraram, sentiram a presença do amor.

Amor que durou o Verão e foi interrompido pelas diferenças sociais. A despeito de Noah ser um excelente rapaz a família de Allie, não aprovou o romance e mudaram de  cidade.

Noah, mandou dezenas de cartas para Allie e como nunca obtivera resposta resolveu sair da cidade. Trabalhou num ferro velho de onde veio a ser sócio.

Depois alistou-se no Exército e foi à guerra.

Quatorze anos  se passaram e Noah, volta para casa em Nova Berna na Carolina do Norte.

Trazia nos olhos a saudade do amor por Allie. Numa tarde linda com o sol penetrando nas árvores com seus raios mansos ouviu o barulho de um carro.

Sua Allie desceu do carro mais linda do que antes. Ficaram um tempo eternidade se olhando até que sorriram e ele a convidou para entrar.

Coração descompassado, mãos trêmulas, a emoção tomando conta dos dois. Controle.

Allie, noiva de LON - renomado advogado e de família tradicional - estava a duas semanas do casamento.

Contou para Noah que estava hospedada numa pousada e que viera procurá-lo porque precisava saber como ele estava já que não tivera notícias desde que fora embora.

Conversaram bastante. Tomaram chá doce e ao se despedirem ele perguntou:

-Te vejo amanhã? Gostaria de que você conhecesse um lugar lindo.

- Se você tiver certeza que eu irei adorar eu venho.

Combinaram de se encontrarem as 12 horas.

O dia amanhecera com fortes nuvens escuras prenunciando tempestade e Noah estava decidido a não fazer o passeio prometido a Allie.

Ela insistiu dizendo amar a chuva e não ter medo de tempestade. Pegaram a canoa e se dirigiram ao lago. Noah remava com esforço redobrado para chegar ao destino antes da chuva.

Mas foi inevitável e foram pegos por pingos grossos, relâmpagos e trovões.

Mesmo assim chegaram ao local prometido onde a natureza parecia ter concentrado toda a sua formosura. A emoção os deixa emudecidos. Suas mãos se encontram, seus dedos se entrelaçam.

A volta para casa torna-se mais difícil. Noah tenta desesperadamente vencer a chuva e Allie saboreia cada pingo que machuca suas costas.

Allie troca o vestido por calças de flanelas e uma camisa de Noah. Ele acende a lareira. Faz chá doce. Ele recita poemas suavemente, seus corpos levementes ,como se fossem conduzidos por uma bela sinfonia, se encontram. Beijos suaves, mãos delicadas explorando o corpo amado. Tempo intenso de carícias que se tornam intensas, avassaladoras. Uma noite de amor perfeita.

A mãe de Allie e o noivo vão a Nova Berna procurá-la. Noah fica sabendo que suas cartas nunca foram entregues a Allie porque a mãe as interceptaras. Pede desculpas a ambos e fala para a filha seguir o rumo do seu coração.

Allie rompe com Lon.

Os anos se passam, vem os filhos, Allie se torna uma pintora de sucesso até que os primeiros sintomas da doença aparecem.

Procuram um médico. Angústia. O dagnóstico - Início do mal de Alzhemeier. Allie conversa com Noah e resolvem irem morar numa casa de repouso.

A doença se agrava. Noah passa o dia lendo poemas para Allie e em alguns momentos ela o reconhece.

Noah tem um derrame e quando volta para a casa de repouso tenta burlar as regras da casa - não lhe era permitido entrar no quarto de Allie após o jantar - e com a ajuda de uma bengala, num esforço sobrehumano dirige-se ao quarto da mulher amada. Uma enfermeira percebe a sua presença, manda-o voltar para o quarto, ele diz que é o quadragésimo nono aniversário de casamneto deles. A infermeira faz cara de brava, manda-o voltar para o quarto dizendo - Vou tomar um café e quando voltar quero que já esteja no seu quarto. Noah agradece a Deus pela bondosa enfermeira ao ver uma caneca de café fumegando sobre a mesa dela.

Chega ao quarto de Allie, se aproxima com dificuldade, pega delicadamente em suas mãos, beija seus lábios e sente que ela retribui.
Recita trecho do poema que ela tanto gosta.

NADA NUNCA ESTA DE FATO PERDIDO,NEM PODE SER PERDIDO.

NEM NASCINMENTO, IDENTIDADE ,FORMA - NENHUM OBJETO DO MUNDO.

NEM A VIDA, NEM A FORÇA, NEM QUALQUER COISA VISÍVEL;

O CORPO ENVELHECIDO,PREGUIÇOSO, FRIO - AS CINZAS QUE FICARAM DE FOGOS ANTERIORES.

HÃO DE INFLAMAR-SE OUTRA VEZ.

WALT WHITMAN


Uma resenha simples do livro de Nicholas Sparks Diário de uma Paixão

2 comentários:

Yasmine Lemos disse...

Malu feliz 2012!!! beijo meu e de Rubens Neto!

Anônimo disse...

, que lindo! Isso é AMOR mesmo.
Beijos.
Manoel.