Não consigo desgrudar-me de mim ao escrever. Não sou narcisista, é dificuldade mesmo. Tentei enveredar por outros rumos mas, confesso, pedi para sair e voltei. Gosto de escrever o amor, mesmo que ele esteja no passado e, quem sabe, me surpreenda no futuro. Quando ele me tira o sono eu aproveito para olhar o céu no silêncio da madrugada, ouvir música suave bem baixinho. Mesmo que ele cisme de virar saudade em plena manhã cinzenta eu aproveito e vejo o Sol brigando com as nuvens e fico feliz quando elas ganham. Hora da minha chuva cair docemente lavando os meus sonhos. Gosto de escrever o amor natureza, os pássaros, as flores e o encanto que o mar me desperta.
Gosto de me reconhecer naquilo que escrevo e mesmo sendo agridoce é na suavidade que tenho o maior prazer em me encontrar. Nesses momentos sou criança, menina, mulher descompromissada com tudo que possa vir a me aborrecer e me impulsionar a ter atitudes que não gosto de ter, que luto bravamente para não ter - sou explosiva.
Nenhum comentário:
Postar um comentário